segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

És a paz que o mundo me tira.

Desejo o dia em que dormirei contigo, tu agarrado a mim numa submissão conjunta, onde os nossos corpos enrolados no calor dos lençóis e entregues ao relógio do tempo fariam o encaixe perfeito, mais tarde, quando o conforto fosse sinónimo dos teus beijos, um de nós pediria mais, pediria o que até à data ainda nenhum de nós não tínhamos alcançado, a felicidade plena. E, no auge do amor perceberíamos quantas inseguranças, medos e dores um abraço pode curar, mas não um abraço qualquer, o teu abraço, o nosso tão inesperado e inconfundível abraço. Perceberíamos que não é preciso adormecermos para nos encontrarmos, apenas é preciso viver. 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Isolada num ninho repleto de amor para dar

O meu peito e a minha mente
Tornaram-se incapazes de sobreviver 
Pois à tona da  minha vida, o nosso amor está a morrer.

Mas não vou encarar com lágrimas na face,
Adoptando assim, sorrisos, como meu disfarce.

Vivemos histórias e noites intensas, momentos de amor e de dor 
E aí novos sentimentos fizeram despertar
Em mim, emoções de carácter diferente,
Podendo afirmar como Camões,
"Amor é um contentamento descontente".

Às obsessões e aos medos,
A eles aceno com um sorriso 
Enquanto a minha alma quebrada 
Se apodera de um amor impreciso.

Quanto mais te amo, mais necessidade sinto de te amar, 
E no reflexo do teu feitiço
A tua alma gelada 
Se apodera do chão que piso. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Abrigo de uma luz encantada

Éramos muito mais do que dois corpos unidos na imensidão daquele quarto que repugnava qualquer ser que lá entrasse, havia roupa, muita roupa suja espalhada pelo chão do quarto, sapatos, e mais umas quantas coisas que não apelavam à entrada de alguém, mas por muito estranho que parecesse, não sentia nojo de lá estar, até me sentia bem. Encontrava naquele espaço algo, um sentimento que me transmitia um bem estar ofegante que me levava ao céu e que passando pela lua proporcionava-me a uma viagem única, viagem essa que durava entre 5 a 15 minutos, e quando se repetia voltava a viajar numa viagem que parecia não ter regresso.
 Essa viagem repetiu-se umas 6 vezes durante essas intensas horas, havia um cheiro, estranho e alheio ao meu conhecimento que fazia aumentar o meu desejo de continuar naquelas viagens meigas, doces e quentes.
O relógio ia intensamente marcando a pulsação do tempo, dos nossos corpos, e dos nossos corações. 
E, quando concentrei todas as minhas forças, emoções e sentimentos, para em pensamento, apenas, desenhar um rascunho de sonhos, esqueci-me de mágoas passadas entregando-me a um corpo e a uma alma, tornando-me assim em desejos de um coração vulnerável. 

terça-feira, 3 de junho de 2014

Bailando numa dança sem fim

Suavemente, fiz dançar o lápis de carvão sob esta simplória folha de papel em que tento demonstrar um pedaço de mim. Há muito que não transformava em arte ou uma tentativa de tal, os desabafos do meu coração e da minha alma.
O cheiro das folhas de papel inspiram-me e fazem com que diga com sinceridade o que sinto, porque na verdade, tudo é vazio e desconhecido, neste mundo em que todos sabem a vida de cada um. 
Todos procuram um caminho, mas há os que se perdem, e há os felizardos que conseguem chegar ao final dele, mas nesses dois distintos grupos de pessoas há um objetivo comum que os acompanha durante todo o percurso. Todos procuram uma razão para sorrir.
Felizmente seja no final, ou a meio do caminho, todos encontram o que realmente procuram, que desejam e/ou que precisam. Contudo, esse caminho tem infinitos obstáculos que testam a tolerância à frustração de cada um. As sombras, os receios, o medo, sim, o medo de falhar e de voltar a refazer todo o caminho (que nessa altura parecerá como um beco sem saída), fazem com que muitos tentem ou pensem em desistir do seu próprio caminho, e é aí que muitos se perdem e entram por caminhos que nunca antes foram pisados. A essência e a magia dos que conseguem chegar ao final, à sua meta de chegada, baseia-se numa alegria imensa que é como um abrigo de luz, um abrigo de amor e conforto. E é então que, no auge do amor, as borboletas ganham asas e sobem o mais que conseguirem, o mais alto que o tempo e as oportunidades lhe permitam, é aí que sentir-te-às como um lápis de carvão bailando sob uma folha de papel em que durante todo o intenso caminho, escreveste o teu destino. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Carta nº3:

Sister:
    Há imenso tempo que ando para te escrever, mas não sei o porquê de não te ter escrito mais cedo, não sei  se é falta de tempo, se é falta de vontade de escrever ou a paciência para tal, enfim tu sabes...
    Bárbara, obrigada por seres quem és, por todo o apoio que tens sido para mim, por teres-te tornado tanto, em tão pouco tempo, por fazeres parte da minha vida, por seres um dos meus maiores orgulhos, por nunca desistires de mim, por me pores um sorriso na cara quando o que eu mais quero é chorar, por chorares comigo, por me compreenderes melhor do que ninguém, por aturares todas as minhas "paranóias", ciúmes, parvoíces, mocas, em breve bubas (eheheh), e tudo o resto!
    Sabes que estarei sempre aqui, para o bom, para o mau, para os sorrisos e para os choros, quando precisares, quando não precisares, triste ou contente eu vou estar ao teu lado! 
    Espero que nada, nem ninguém te deite a baixo, e rebaixe a pessoa extraordinária que habita em ti!
    Nunca te esqueças que és linda, e que por muito que as coisas mudem, situações, momentos, entre outras coisas, nunca tenhas a tentação de mudar, porque é assim que eu te amo, eu muitas mais pessoas!
    Baby, I love you, like I love my brother!  ‏
Nunca me deixes, pois eu não o irei fazer, amo-te coração! 

Da tua linda maquelhadora que canta extraordinariamente bem,
Cíntia 

sábado, 28 de dezembro de 2013

Carta nº2:

Avô:
Se pudesse voltar a ouvir e a ver o seu sorriso, talvez me pudesse perdoar a mim própria, por tudo o que lhe fiz, ou melhor, que não lhe fiz, por todas as confusões e erros que cometi.
Perdoe-me por não te sido a neta perfeita que você merecia ter, perdoe-me por não ter sido paciente, compreensiva, mas a cima de tudo perdoe-me por não ter sido forte e ter perdido a esperança, quando você mais precisava de força para recuperar do momento  mais difícil da sua vida. 
Agora sei que você está aí, e eu nada poderei fazer para recuperar todo o tempo perdido, todas as discussões sem sentido, todo o valor, o carinho e todo o amor que você depositava em  mim.
Se soubesse o que sei hoje, tornar-me-ia, uma vencedora e merecedora de todo esse amor que sentia por mim. 
A sua presença física desapareceu, mas a sua presença espiritual permanecerá sempre em nossos corações. 
Você é, e sempre será, o meu herói, a minha grande admiração o meu grande apoio, não só espiritual, como também emocional. 
E, quando relembrar-me de si, lágrimas não me escorrerão pelos olhos e me percorrerão o rosto, mas sim um sorriso me abrirá o coração e aí lembrar-me-ei do grande Homem que foi e no orgulho que tenho nele! 
Se pudesse pedir algo, o meu pedido era que voltasse para junto de nós, das pessoas que mais o amam, mas por muito que peça isso não irá acontecer.
Tenho, imensas saudades suas. 

Da sua neta, 
Cíntia.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

...

Ultimamente ela tem andado estranha, como se tivesse sozinha, num Mundo em que as pessoas que a rodeiam, a amam.
Passou a ter medo do escuro arrepiante, do pôr-do-sol ilusionista, medo do silêncio ensurdecedor, do calor abafador, dos longos caminhos que são como setas que atravessam o seu coração apenas numa daquelas músicas de amor, que lhe fazem relembrar tudo aquilo que ela nunca passou contigo.
Isto tudo porque tem saudades, tem saudades dos momentos que não ocorreram ao teu lado. Saudades da “vossa” canção que tu não lhe dedicaste. Tem saudades dos telefonemas que não lhe fazias todas as noites, ela tem saudades dos nomes fofinhos e amorosos que nunca lhe chamaste. Tem saudades dos vossos passeios ao luar inexistentes. Ela tem saudades de um sorriso, de um abraço, de uma conversa, das brincadeiras, tem saudades de tudo, de tudo o que lhe devias ter dado e que nunca lhe deste. Mas sobretudo tem saudades daquilo que nunca teve. Tu.
E ela, ela continua sem perceber o porquê de ter tanto medo e saudades, o porquê que tem de haver uma despedida antes de um começo.

E sabes qual é a razão disso? É que tu decidiste pôr um ponto final antes de começares a narrar a vossa história.